Dúvidas frequentes

Perguntas frequentes

Tratamento E Reabilitação Dependente Químico E Alcoólicos

Reconhecer o próprio vício e depois se comprometer a procurar ajuda para o tratamento são decisões cruciais, mas muitas vezes difíceis, tomadas na recuperação precoce. Muitas pessoas se preocupam com o modo como o  processo de reabilitação de dependência  afetará suas vidas – o desconhecido pode ser assustador .

Quanto mais conhecimento você tiver sobre a reabilitação de dependentes químicos – incluindo o que esperar ao entrar em um programa de tratamento, a quantidade de tempo que você pode gastar no programa e os custos associados ao programa -, menos cansativa será sua jornada para a recuperação. Aqui estão as respostas para algumas das perguntas que você pode ter sobre o processo de reabilitação de dependentes químicos.

Questões gerais

Para os casos de internação voluntária, a estimativa é de que o tratamento dure 6 meses, sendo 5 meses de internação fechada em nossas unidades e apartir do quinto mês os pacientes já podem sair de ressocialização após passar por uma avaliação médica e de toda a equipe.

Todavia, esta é apenas uma estimativa de tempo, tudo depende sempre de cada caso e da avaliação dos nossos profissionais.

Importante ressaltar que o tratamento é desempenhado por profissionais especializados e extremamente competentes (terapeutas, monitores, psicólogos, médicos clínicos e psiquiatras, terapeuta ocupacional, enfermeiros, nutricionista), todos voltados para o bem estar e recuperação do paciente.

Em muitos casos, a reabilitação de dependentes químicos é um pouco flexível em suas ofertas de tratamento, que podem ser adaptadas às necessidades de cada indivíduo . A reabilitação geralmente envolve alguma combinação de desintoxicação, terapia de uso individual e em grupo, educação para prevenção de recaídas e planejamento pós-tratamento antes da conclusão do programa, a fim de ajudar as pessoas a manter a sobriedade a longo prazo.

1. Desintoxicação

Uma parte importante inicial de muitos esforços de reabilitação para dependentes químicos é a desintoxicação . Durante a desintoxicação, o corpo se livra das influências tóxicas de drogas ou álcool. Embora a experiência de desintoxicação varie bastante com base no tipo específico e na frequência da substância utilizada, muitas síndromes de abstinência de substâncias podem ser desagradáveis, se não perigosas.  O tratamento adequado em um programa de desintoxicação medicamente supervisionado pode aliviar o desconforto e minimizar alguns dos riscos associados à retirada.

2. Terapia por Abuso de Substâncias

A reabilitação continua com várias intervenções terapêuticas comportamentais após a desintoxicação. Indivíduos em reabilitação participam de sessões de terapia em grupo e / ou individuais para reconhecer e abordar as causas subjacentes de seu vício.  Os programas de tratamento também educam os indivíduos sobre como identificar situações e gatilhos de alto risco e desenvolver habilidades de prevenção de recaídas para manter a sobriedade.

3. Cuidados posteriores

À medida que uma pessoa progride com a recuperação e se aproxima do final de um programa de tratamento de reabilitação, a equipe trabalha com o paciente para desenvolver um plano adequado de cuidados posteriores. Isso pode incluir alguma combinação de grupos de apoio, terapia contínua e condições de vida sóbrias, se necessário

Porque, essa pessoa encontrou nas drogas um alívio para sua dor , e prazer para sua timidez. Por consequências se tornou viciada, não usando mais por prazer ou por alívio e sim por descontrole emocional , físico e mental.

A dependência química é uma doença incurável, progressiva e fatal. Ela não tem cura, mas possui tratamento. E caso a pessoa não procure tratamento o uso de substâncias químicas se transforma em abuso, depois em hábito, até a instalação da dependência, tornando sua própria vida e a de todos à sua volta uma tragédia.

Em alguns casos, as pessoas próximas não toleram esse
comportamento, então o dependente tem que começar a mentir, agir com desonestidade, seduzir e manipular, mesmo que as pessoas envolvidas sejam muito queridas, como pais, cônjuges, familiares, amigos ou colegas de trabalho e assim por diante.Isso cria uma reação em cadeia, pois as pessoas queridas começam
a se afastar dele, a rejeição sentida vai gerar uma profunda revolta, angústia, depressão, frustração e isso vai fazê-lo consumir mais drogas e se isolar cada vez mais.

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Cotidiano da clinica

Não é permitido a utilização de aparelhos telefônicos para os residentes nas dependências da instituição, visto que se faz necessário o desligamentos externos a fim de um melhor contato interior consigo mesmo.

Não,  A unidade é masculina, mas temos parcerias com uma unidade feminina nas proximidades.

Sim é permitido fumar. Porem a um limite máximo de uma carteira de cigarro por dia.

Dúvidas de familiares

Indícios podem ser observados no comportamento, quando a pessoa se torna mais eufórica, ou com muita energia, ou disperso ou ainda com comportamento depressivo.  Do ponto de vista físico: pupilas dilatadas ou muito contraídas, aceleração dos batimentos cardíacos, coordenação motora alterada, aumento ou diminuição do apetite, inquietação, ou alteração no sono podem ser consequências do uso de drogas. Preste atenção em alguns objetos, como canudos, seringas, lâminas de barbear, espelhinhos; estes são usados, geralmente, para o consumo de cocaína, por exemplo. Porém, é importante assinalar que o fato da pessoa apresentar um ou mais destes sintomas não significa necessariamente que está consumindo alguma droga, já que mudanças de comportamento ou alterações físicas podem ter as mais diferentes causas.

Muitos começam a usar drogas por curiosidade, por desejo de ter experiências fortes e emocionantes, para sentirem-se integrados com seu grupo de amigos ou por pressão destes. Também há aqueles que, por falta de opções ou por tédio, procuram as emoções que as drogas potencialmente poderiam trazer.

Hoje se sabe que os fatores que levam alguém a experimentar essas substâncias são muito variados, mas que tem origem em três fatores: um deles é a presença da droga, somada a disponibilidade e facilidade ao acesso. Aí se observa inclusive a aceitação da sociedade e até as propagandas, no caso de bebidas e cigarro.

Outro fator é a droga e seus efeitos agradáveis. O adolescente começa a ter uma visão deturpada: ele só percebe os efeitos prazerosos e não mede os efeitos ruins, seja por desconhecer o que a substância causa ou por achar que ele é mais forte que ela. O terceiro fator é o pessoal. Algumas pessoas têm uma estrutura psicológica ou conflitos com os quais não conseguem lidar e buscam na alteração da consciência uma forma de aliviar suas tensões. Isto pode aumentar a probabilidade de uso de drogas.

A negação deve ser observada como uma recusa em admitir problemas, mesmo quando engano e mentira são conscientes. Assim, é bastante comum que os familiares e amigos do usuário comecem a fazer acusações e a enfrentá-lo, colocando-o contra a parede e fazendo ameaças.

Este comportamento, entretanto, reforça fatores como resistências e defensivas do dependente. O tratamento com base na Terapia Cognitivo-Comportamental parte do princípio de que o que leva a pessoa a mudar seus comportamentos é a motivação, que pode ser explicada como um estado de prontidão ou de avidez para a mudança. Ela pode oscilar de tempos em tempos ou de uma situação para outra, mas também pode ser influenciada por outras pessoas. Dessa forma o recomendável é evitar o confronto e explorar “o outro lado” no comportamento do paciente. Ele tem fissura pelo consumo da droga mas, ao mesmo tempo, apresenta insatisfação com isso e deseja a mudança.

A maneira de fazer essa insatisfação vir à tona é conversar com calma, evitando acusações, mas pontuando de modo claro os problemas que o comportamento do usuário está trazendo para si e para os outros, sem julgamento moral e sem receitas. Explorar esse sentimento que no fundo o faz sofrer e discuti-lo com solidariedade. Acreditando que o dependente tem em si próprio o desejo de mudar, embora possa negar esta necessidade, é possível auxiliar fazendo vir a luz as razões para a necessidade da mudança de comportamento, esclarecendo os riscos de mantê-lo como está. E há recursos para isso, com possibilidades efetivas de atendimento profissional.

O primeiro passo é conversar com o usuário para descobrir qual o padrão de uso, como que drogas está usando, se usa com frequência, aos finais de semana, sozinho ou com amigos. O ideal é ter uma boa conversa, de preferência partindo de alguém que possua uma relação estreita e de confiança. Às vezes leva um tempo para que o usuário tenha uma mudança de atitude, mas esta é necessária para que encontre dentro de si motivação para procurar ajuda profissional para o tratamento de sua doença.

Não existe um culpado. Nem o dependente e nem a família. Este sentimento de culpa, aliás, bloqueia o diálogo e impede o tratamento, fazendo com que a família e o paciente percam o foco e se agridam mutuamente. É preciso haver disposição para uma mudança de atitude, uma relação mais saudável por parte da família, contribuindo para a mudança de comportamento do paciente.