A resiliência pode ser definida como uma capacidade universal que permite o indivíduo, grupo ou comunidade prevenir, minimizar ou superar os efeitos nocivos das adversidades, saindo dessas situações mais fortalecido ou até mesmo transformado, porém não ileso. Outra definição encontrada é de que resiliência se refere ao processo e resultado de se adaptar com sucesso a experiências de vida difíceis ou desafiadoras, especialmente através da flexibilidade mental, emocional e comportamental, e ajustamento a demandas externas e internas.
A dependência química nos dias de hoje é um dos maiores males da humanidade, o uso abusivo das drogas podem gerar muitas consequências desde alterações comportamentais, cognitivas, fisiológicas e principalmente comprometer as funções ocupacionais.
O dependente químico acaba perdendo sua capacidade de manter o uso das drogas sob controle e começam a surgir problemas profissionais, sociais e principalmente familiares.
Frederich Flach afirmou: “para uma pessoa ser resiliente, dependerá de sua habilidade de reconhecer a dor pela qual está passando, perceber qual o sentido que ela tem e tolerá-la por um tempo até que seja capaz de resolver o conflito de forma construtiva”.
Sendo assim, o primeiro passo é reconhecer e aceitar que se está vivendo um momento de adversidade, pois a medida que aceitamos a existência de um problema, conseguimos analisar qual a origem dele, de que forma está impactando em nossa vida e o que podemos fazer para resolver. O segundo passo, após a aceitação, é realizar um planejamento e verificar quais estratégias possíveis de serem adotadas, para então tomar uma ação efetiva.
Existem 8 pilares que sustentam a resiliência, são eles:
- INTROSPECÇÃO: arte de perguntar a si mesmo e se dar uma resposta honesta;
- INDEPENDÊNCIA: fixar limites entre si mesmo e o meio com problemas;
- CAPACIDADE PARA SE RELACIONAR: habilidade para estabelecer laços;
- INICIATIVA: exigir de si e realizar tarefas progressivamente mais complexas;
- HUMOR: capacidade de encontrar o “cômico” em meio a tragédia;
- CRIATIVIDADE: habilidade de criar ordem, beleza e finalidade a partir do caos e da desordem;
- MORALIDADE: capacidade de se comprometer com valores éticos de convivência social;
- AUTOESTIMA: base dos demais pilares e fruto do cuidado afetivo
Saber destes pilares pode nos ajudar a fazer uma autoanálise dos nossos recursos internos disponíveis e verificar aquilo que está em falta, para então podermos buscar a ajuda necessária para desenvolver tais habilidades e consequentemente atingir um fortalecimento egóico.
O processo psicoterapêutico pode nos ajudar nessa busca pelo autoconhecimento, pois é justamente neste processo que conseguimos verificar nossas forças e fraquezas.
Se você está no processo de reabilitação, e tiver alguma recaída, não se esqueça que a resiliência é fundamental para ter sucesso na recuperação. Não desista, continue tentando e cada vez ficará mais forte e resistente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.clinicaaccogliere.com.br/a-importancia-da-resiliencia/
www..estanciaresiliencia.com.br/a-importancia-da-familia/