Boa Tarde, tudo bem?
Hoje em dia quando falamos em dependência química a maioria das pessoas não sabem o quão é preocupante o crescimento do consumo de drogas e álcool. Esse problema é tão gigante que mesmo ações contra o narcotráfico não chegam atingir o objetivo desejado.
A questão do uso de drogas não passa apenas pelo indivíduo dependente, nem tampouco pelo traficante somente, e sim por todo o grupo social que os cerca. Diferente do que muitos pensam.
O consumo de álcool e drogas tem um percentual aproximadamente de 10% à 15% de usuários que em algum momento irão estar quimicamente dependentes e apresentarão problemas a partir deste consumo. E os outros 80% à 90% de consumidores podem até ter problemas ocasionais por conta do uso dos químicos, mas quando esses problemas surgem, identificam o prejuízo que vem tendo e optam por interrompê-los ou acabam consumindo com moderação. Estes, acabam sendo os aconselhadores mais perigosos, pois como tem a experiência do controle de si, acham que podem convencer os outros de que é possível ter o controle desse uso. E com isso acaba acontecendo que o dependente vendo este exemplo, busca encontrar apoio para justificar a sua recusa em reconhecer a sua falha diante dos químicos e aceitar que é portador de uma doença de NEGAÇÃO.
Para começar tratar o alcoolismo ou toxicodependentes precisamos antes de mais nada nos livrar de todo e qualquer preconceito para então ter condições de avaliar uma outra informação com a mente aberta. Então agora que você começou a conhecer um pouco mais sobre esse assunto, vou colocar alguns fatos para questionarmos juntos, ok? Vamos lá!!!
– O dependente químico é sensível e desconfiado por natureza, sempre exagerando na dose. E que dose !!!!! Então toda vez que começa a usar (beber, cheirar ou fumar) parece querer acabar logo com tudo. A sua sensibilidade lhe diz que algo está errado, mas ele desconfia de qualquer tentativa de aproximação e se isola no seu conflito, querendo resolver seu quebra-cabeça sozinho, fingindo ignorar a tragédia que se aproxima. Então ele se agarra desesperadamente à convicção de que desta vez será diferente, que ele vai conseguir controlar e provar para todo mundo e para si mesmo que não é “viciado”. E que apenas se descontrolou algumas vezes, é lógico, que tinha bons motivos para isso, por exemplo: Se sua mulher o compreendesse e parasse de encher o saco, ele ficaria mais em casa e não usava tanto. Ou, se o seu salário não fosse tão baixo e as coisas tão caras e não houvesse políticos corruptos ricos e ele ali, submetido aos seus caprichos, então bebe para esquecer.
Bom… você já deve ter percebido que essas desculpas são bem conhecidas, não é? E no final acaba que tudo vira um motivo para esse descontrole, perda da família, de emprego, amigos, uma insatisfação diante da vida, sentimentos de solidão , constante estado de eminência de morte etc.
Os dependentes estão nos diversos segmentos da sociedade, expondo a todos, aos riscos advindo do seu comportamento angustiado e irresponsável.
A dependência química pode atingir à todos não importa que seja brancos, negros, mulatos, classe média, alta baixa, mendigos, homens, mulheres, etc… não importa. Ela não escolhe.
A propósito, a dependência química sintomatizada pelo uso abusivo de álcool/drogas, é uma doença reconhecida pela O.M.S. – Organização Mundial de Saúde no mundo inteiro. Essa doença mata, e antes disso desmoraliza, ela é progressiva – ninguém começa tomando uma caixa de cerveja, fumando vinte cigarros de maconha por dia, nem cheirando dez gramas de cocaína numa noite. O uso progride. Aumenta com o tempo!
E além disso, é incurável. Mas, o fato de não ter cura, não significa que é impossível tratá-la. É possível sim. O tratamento existe e a recuperação também. Pode-se interromper o processo de progressão a partir da total abstinência, acrescida de uma terapêutica própria, específica para o dependente químico, cujo objetivo principal é fortalecer o desejo de parar de usar e se manter assim, sendo estimulada uma proposta de mudanças que certamente poderão melhorar sua qualidade de vida.
Ah e mais uma coisa muito IMPORTANTE para você saber, esta doença também afeta aqueles que convivem com um dependente, de forma muitas vezes tão intensa que os leva a desenvolver um comportamento semelhante, e por isso, o familiar deve e precisa de tratamento similar.
Como podemos perceber, apenas toquei na ponta deste imenso iceberg e muito, mas muito mesmo, há para ser exposto. Essa patologia, é tão ampla e complexa que não tive, não tenho e jamais terei a pretensão de conseguir esgotar o assunto. De alguma forma, espero ter acrescentado informações úteis e ofereço o que disponho para tratar, esclarecer e orientar aqueles que quiserem ou tiverem a necessidade dessa ajuda.
Nesta oportunidade, como sempre faço, agradeço a Deus e àqueles que propiciaram este nosso primeiro encontro, comprometendo minha equipe a continuar esse trabalho, enquanto Ele assim o permitir.