O consumo de drogas é um problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil a dependência química é uma doença que atinge atualmente mais de 3,5 milhões de pessoas. Ela é uma doença complexa, que requer cuidados especiais.
A dependência química afeta a saúde física, mental, emocional, social. Enfim, traz danos imensos ao indivíduo que, se não forem tratados de maneira correta e no momento certo, podem ser irreversíveis.
Quando a pessoa perde o controle de suas atividades normais e seu objetivo principal é consumir drogas, pode-se dizer que esta pessoa já se tornou dependente química.
Eis que chega o momento de tratar esta doença antes que as coisas fiquem piores do que já estão. E para isso é necessário que o dependente químico seja internado em uma clínica de recuperação. E se você esta pensando em internação ou conhece alguém que esta em busca sobre informações sobre essa alternativa, fique sabendo que ela é uma da forma mais eficaz de lidar com o abuso de drogas.
Não é um caminho fácil, mas com o apoio médico adequado é possível ter bons resultados.
Tipos de Internação
Existem 3 tipos de internação que podem ser empregados no tratamento de um dependente químico: a internação voluntária, a involuntária e a compulsória. Que são reguladas pela Lei Federal 10.216/2001.
Vamos deixar bem claro que a internação é uma medida mais agressiva para um dependente químico e deve ser feita com muito cuidado para que o seu quadro não piore.
O cenário ideal seria que a pessoa que é dependente tenha consciência de seu quadro clínico e que ela mesmo busque ajuda na reabilitação. A internação tira o dependente da sua rotina e em certas situações acaba agravando o seu estado. Por isso é importante que você que quer ajudar tente conversar sem julgamentos, e mostrar para ela que precisa de ajuda.
Porém se todas as alternativas tomadas não surtem efeito, a internação é a opção para afastar a pessoa do vício. Bom..agora que deixamos claro isso vamos entender o que é cada uma.
Internação Voluntária
O primeiro passo para a internação voluntária é o dependente químico reconhecer sua situação. Quando isso acontece a família deve levar ele o mais rápido possível para uma clínica, pois o dependente químico tende a querer desistir.
No momento da internação, o dependente precisa assinar um documento declarando que optou por essa forma de tratamento.
A internação deve ser autorizada por um médico devidamente credenciado no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado em que o procedimento ocorrerá. E a alta ocorrerá por solicitação do paciente ou por determinação médica.
Esse seria um cenário ideal que a clínica Radev recomenda, mas sabemos que nem sempre ela se torna possível.
Internação involuntária
Esta é o contrário da internação voluntária.
Neste caso a internação é feita sem o consentimento do paciente e um familiar ou responsável deve fazer o pedido formal de internação e um médico psiquiatra irá analisar o pedido e deverá enviá-lo para o Ministério Público em até 72 horas. Ela é uma alternativa em caso de risco a saúde do dependente e de outros à sua volta.
Este procedimento deve ser feito para que futuramente o paciente não acuse a clínica de cárcere privado.
A alta pode ocorrer por solicitação do responsável legal pelo paciente ou por determinação médica.
Internação compulsória
A internação compulsória muitas vezes é confundida com a internação involuntária, mas são diferentes.
A semelhança entre elas que pode causar a confusão é que ambas acontecem quando o dependente químico não autoriza e não tem o desejo de se submeter ao tratamento.
Mas a diferença está em não ser necessária a autorização para a internação do paciente por parte da família ou responsável. No caso, quando não há ninguém que se responsabilize pelo dependente, sendo a última alternativa para o tratamento de um dependente.
A internação compulsória só pode ser determinada por uma ordem judicial. Esse tipo de internação é feita em base de laudos médicos. Eles testam que o paciente oferece risco a sua própria saúde ou das pessoas de seu circulo.
Neste caso um médico especialista faz um atestado comprovando que o paciente não possui capacidade de tomar decisões por conta da doença e então um juiz irá analisar o atestado e as condições da clínica em que o paciente será internado. Só depois disso o juiz irá ou não autorizar a internação.
E para ganhar alta o paciente tem que esperar outra decisão judicial para autorizar. Esse procedimento também precisa ser embasado em laudos médicos que atestem sua recuperação e recomendem sua reinserção social.
A princípio as internações involuntária e compulsória podem parecer uma atitude errada já que o paciente não tem vontade de se submeter ao tratamento e são “obrigados” pela família ou justiça.
Mas como a dependência química também afeta o psicológico, existem casos onde o dependente químico já não responde mais por seus atos, perdendo o discernimento do que é bom e do que não é, agindo de forma impensada, muitas vezes causando perigo aos seus familiares e até mesmo a si próprio.
É muito importante apoiar uma pessoa que precisa desse tipo de tratamento para assegurar sua eficácia e evitar recaídas no futuro. O ideal é que o paciente não se sinta julgado ou reprimido e se sinta à vontade para pedir ajuda sempre que necessário, mesmo depois da alta médica.
Se você tiver mais alguma dúvida sobre a internação para dependentes químicos, fique à vontade para entrar em contato com nossos especialistas. Estaremos prontos para esclarecer elas e ajudar no que for preciso.
Referências Bibliográficas
*https://clinicasrestituindosonhos.com.br/quais-os-tipos-de-internacao-para-dependentes-quimicos/